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Dona Rosevânia Silveira de Pelegrini relata lembranças de Margareth Maria Tomasi Rocha

Na coluna dessa semana se dará início ao Projeto “Relatos, Fotos e Memórias sobre Margareth Maria Tomasi Rocha”. O objetivo é representar a história dessa guerreira que nos deixou lindo legado na história de Maracajá. 

 Na matéria de hoje, a entrevistada que dá abertura ao projeto, é a senhora Rosevânia Silveira de Pelegrini. A entrevista foi realizada por meio do questionário semiestruturado, com perguntas sobre as ações de Margareth Maria Tomasi Rocha nos diversos espaços do nosso município. A entrevistada enviou o texto e as fotografias via WhatsApp para o autor no dia 25 de junho de 2025. Dona RosevâniaSilveira de Pelegrini é natural de Orleans (SC). Seus pais vieram para Maracajá quando estava com 1 ano e meio de idade. Teve sua vida construída nessa cidade. Em seus relatos, afirma que “conheci a Margareth, a Marga no dia em que ela casou, ano de 1980. Daí em diante, firmamos uma amizade de muitos anos.” 

Mas só na Apae que tiveram a oportunidade de trabalhar juntas por um bom tempo. “O esposo da Marga, o Antenor Rocha, foi eleito 1º Presidente da Apae, e o meu esposo, Dilnei de Pelegrini foi o 1º vice-presidente da Apae. E a partir daí, estávamos sempre na mesma função em prol da Apae.”

“Todo o tempo, a Marga sempre tinha um novo projeto em mente. Era uma pessoa batalhadora, realista, com muita garra e determinação. Conseguia o que almejava junto com as voluntárias. Era muito discreta no que fazia e até mesmo no que falava. Estava sempre disposta a enfrentar o que viessepela frente em prol dos outros”, descreve a senhora Rosevânia.  

Nos depoimentos da senhora Rosevânia Silveira de Pelegrini, sempre depois de muito trabalho, fazia questão de uma confraternização, com café, com bolo e até mesmo com uma tigela pipocas no final das tarefas cumpridas. “Ela tinha muita preocupação com a Apae, que era recém-criada e tinha muitas necessidades. Com muita dedicação, ela conseguiu juntar várias mulheres e formar um grupo de voluntárias para confeccionar artesanatos e com isso angariar fundos para suprir as necessidades que iam surgindo ao longo do tempo. De fábrica em fábrica, conseguiu muita sobra de materiais e com ajuda das voluntárias, confeccionavam artesanatos, que logo seriam vendidos em feiras na sede da Apae, nas festas que aconteciam no município e também no Center Fábricas em Araranguá, atualmente o Shopping. Com o resultado das vendas, foi adquirido para a Apae alguns eletrodomésticos, máquina de fraldas, utensílios de cozinha tipo: talheres, pratos, toalhas para os eventos, etc”. 

“A Marga não media esforços em buscar ajuda, nas fábricas, nas lojas, enfim onde ela sabia que podia ir. Sempre dividia suas ideias com as pessoas que estavam trabalhando no mesmo projeto. Ela nunca foi autoritária. Sempre colocava as pessoas em primeiro lugar.”

Uma vez ao ano acontecia os eventos já fixos no calendário da Apae. O primeiro evento a “Feijoada Solidária da Apae” e o segundo evento “O Jantar Típico Italiano”. “Nas feijoadas as atividades já começavam com um mês de antecedência, e lá já estava a Marga à frente de tudo. Tudo era organizado com muita dedicação e perfeição.Sempre brincava com a Marga que, ela acendia o fogo e nós duas apagávamos as luzes. Porque ela sempre foi a primeira a chegar no local dos eventos e dar o ponta pé inicial, e, depois dos eventos, quando todos saiam, lá estávamos nós duas para apagar as luzes e fechar as portas”, narrou dona Rosevânia. 

A Margareth Maria Tomasi Rocha era muito prestativa em tudo. “Assim era a mesma rotina nos jantares típicos. Precisava de alguma coisa que faltava, a Marga dava um jeito. Organização, respeito e honestidade andavam sempre com a Marga. Em todos os eventos que aconteciam no Município, a Marga fazia parte, ou para ajudar ou para participar. Ajudava nas festas de Igreja, de prefeitura, de colégios, etc”, finaliza a senhoraRosevânia Silveira de Pelegrini. 

Na próxima coluna, o projeto continua com a entrevista da senhora Fátima da Íria de Medeiros. 

 

 

Identificação das fotos: Grupo de mulheres voluntárias que ajudavam nos projetos idealizados por Margareth Tomasi Rocha, trabalhos na Apae de jardinagem, eventos da Feijoada e Jantar Típico Italiano. 

Fonte: Arquivo digital de Rosevânia Silveira Pelegrini. 

 


As opiniões expressas nesta coluna são de responsabilidade exclusiva do(a) colunista e não refletem, necessariamente, a posição do Portal Folha Regional.

Lúcio Vânio Moraes - Historiador

Lúcio Vânio Moraes - Historiador

luciovaniomoraes@gmail.com

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